domingo, 29 de novembro de 2009

Temos Opções?

Cresce participação da pessoa física no mercado de opções

Busca por melhor rentabilidade desperta interesse dos investidores por operações mais complexas

Yolanda Fordelone - AE

Há tempos os investidores pessoa física mantêm participação relevante no mercado de opções da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo especialistas, esse grupo representa, tradicionalmente, cerca de 60% do volume financeiro negociado na Bolsa. Nos últimos doze meses, porém, as pessoas físicas passaram a ocupar lugar de maior destaque. De acordo com os mais recentes dados da Bovespa, em outubro a pessoa física teve participação de 70,03% no volume negociado em opções.

“Diante da queda da taxa de juros, muitas pessoas físicas correram atrás de informações sobre mercados mais sofisticados e não se limitaram à compra e venda de ações puras”, avalia o consultor de investimentos Marc Olichon. O mercado de opções permite que o investidor alavanque suas aplicações, tendo maior possibilidade de ganho, correndo mais risco. Para os conservadores, esses títulos servem para montar operações estruturadas que protegem a carteira de ações dos investidores individuais.

As opções oferecem o direito de o investidor comprar (opção de compra) ou vender (opção de venda) determinado ativo por preço predeterminado, no vencimento do título, que ocorre toda terceira segunda-feira do mês. Atualmente, o mercado mais líquido é o de opções de compra. “O mercado de opções para pessoas físicas cresceu sim, e muito”, diz Olichon.

Grande parte do volume desse mercado, garantem os especialistas, provém de operações de curto prazo, muitas vezes feitas no mesmo dia (day trade). “Esse mercado é muito volátil. E muitos aproveitam essa oscilação para operar no day trade”, afirma o gerente da Ativa Corretora, Cássio Corrêa.

Quando o investidor compra uma opção, ele paga um prêmio para adquirir o direito. Nesta quinta-feira, enquanto as ações preferenciais da Petrobras caíam pouco mais de 1% no mercado à vista, o prêmio de algumas opções do papel chegava a recuar 15%, algo comum de ser observado no mercado de derivativos, segundo especialistas.

Prova de que a maioria das operações das pessoas físicas não é levada até o vencimento da opção é o fato de o grupo ter representado apenas 18,65% do volume movimentado no vencimento de outubro, quando o direito de compra ou de venda pode ser exercido. “Notamos, sem dúvida, um aumento da procura por opções entre aqueles que querem montar operações estruturadas, mas a maioria ainda quer ganhar na volatilidade diária do prêmio. O volume negociado durante o mês é grande, mas cai absurdamente no exercício”, diz Corrêa.

No último boletim da Bolsa, de outubro, a pessoa física negociou R$ 10,2 bilhões em opções durante o mês, volume que recuou 78,4%, para R$ 2,2 bilhões, no vencimento. “O investimento em opções é mais sofisticado, mas também representa um perigo maior, pois é um mercado muito rápido, dinâmico, que em muitos casos apresenta distorção de preço que leva as pessoas com pouco conhecimento do mecanismo a perdas e frustrações”, diz Olichon.

O preço do prêmio é formado, entre outras variáveis, pela cotação da ação no mercado à vista, pelo preço de exercício (aquele que será pago caso o investidor resolva exercer o direito de compra), pelo juro no período e até pelo tempo que falta até o vencimento do ativo. Uma opção de Petrobras a R$ 37,83, por exemplo, era negociada a R$ 2,20 nesta quinta-feira. “Supondo o papel a R$ 39, diríamos que o valor real, intrínseco, do prêmio é de R$ 1,17 (R$ 39 menos R$ 37,83). O R$ 1,03 restante (R$ 2,20 menos R$ 1,17) é decorrente de outras variáveis, como o tempo”, explica Corrêa. Segundo ele, quanto mais próximo do exercício, mais o prêmio se aproxima do valor intrínseco da opção.

“Entre os clubes, a maioria das operações costuma ser estruturada, já que o perfil de investimento é diferente, visa o longo prazo”, compara o gerente da Ativa. Os clubes movimentaram R$ 319 milhões em opções durante o mês, volume que recuou 35% no exercício, para R$ 207 milhões.

Características

A exemplo do mercado à vista, o mercado de opções traz entre os papéis mais líquidos os títulos que dão direito a comprar papéis da Petrobras, Vale e BM&FBovespa, que alcançou recentemente o posto de terceira opção mais negociada, antes ocupado pelos ativos da Telemar. Em geral, Petrobras e Vale têm cerca de 550 mil negócios por mês - em outubro, as opções da mineradora tiveram 985 mil negócios. No mesmo mês, BM&FBovespa teve 26 mil negócios.

O Imposto de Renda cobrado sobre o lucro da operação funciona como na aplicação em ações: 20% para operação de day trade e 15% para os demais negócios. A única diferença é que no mercado de ações o investidor que negocia até R$ 20 mil num mês é isento de IR, o que não ocorre com o investimento em opções. Entre os custos para operar opções, o investidor deve incluir uma taxa de registro do ativo, de 0,014% para day trade e de 0,07% para as demais operações. Ainda é cobrada uma corretagem, que pode ser um valor fixo ou uma porcentagem sobre a quantia negociada.

Fonte: Agência Estado

Será uma boa opção as opções? frase um tanto engraçada porém para um investidor oqual pode assumir o risco pode se tornar uma opção muito atrativa pois o mercado é obrigado a vender ou comprar de acordo com o tipo de ordem oqual você comprou e na data prevista, mas como saber se vale ou não vale para isso em minha opnião devemos fazer uma análise macroeconômica e análitica dos gráficos da opção a qual você vai comprar.

Bons negócios e comente, dúvidas sugestões e críticas !

Obrigado!

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